Perguntaste-me porque tinha os joelhos estragados. Estragados. Sei que não foi por mal, essa palavra, e também sei que não sabes o quanto me atingiste com isso, mas atingiste. Talvez seja só eu, mas, para mim, os joelhos “estragados” são interessantes; são sinais de que se viveu, contam histórias ou guardam segredos, são especiais. Baixinho, gritei «Idiota!» dentro de mim, e comecei a explicar-te lentamente. As vezes que caí de bicicleta, aquela vez na escola primária em que andei à pancada e rasguei os joelhos na pedra do chão, os “mergulhos” no basquete para roubar bolas, os teatros do Inglês, simples quedas do meu desajeitado corpo. Cada marca nesses tão nojentos joelhos tem uma memória adjacente, e isso é importante. Digam o que disserem.
cada vez gosto mais de mais de tudo o que aqui metes, catarina.
ResponderEliminartão lindo**
ResponderEliminarquem tem os joelhos estragados sou eu! mau...
ResponderEliminaré como eu, preguiça-preguiça.
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