07/07/10

Monochrome Noir - Day Fifteen


Braços vestidos de verde inclinando-se sobre mim, tentando agarrar-me. Sufoco. Alguém corre – ouve-se o som das folhas a serem pisadas sem misericórdia e uma respiração ofegante. Onde estás? O céu como um mar de verde e castanho, rodopiando sobre a minha cabeça. Um barco de papel branco navega nele. Vejo-me lá dentro, no auge do meu delírio. Tudo negro. Tudo branco. O verde, de novo. Onde devia haver ar puro há o fumo de um cigarro. Hortelã no nariz, outra erva na mão. Onde estás? Os corpos flutuam no vazio. O verde sabe a mel e a café com natas. Tenho medo do escuro. O riso do monstro. Grotesco. Divino. Onde estás? As árvores abraçam-me e eu perco-me nelas. O nada chegou. E tu, ONDE ESTÁS?

(de ontem)

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