03/09/10

Monochrome Noir - Day Forty-Eight


Talvez num universo paralelo eu tenha nascido bonita. Crescido a sentir os olhares das pessoas nas minhas costas, cada um entrando em mim para construir aquilo a que se chama de ego. Se calhar, neste momento, o meu eu alternativo desse mundo esteja a rebolar numa cama de lençóis engomados, enrolada no corpo de um rapaz sem rosto. Ou com uma rapariga, quem sabe como são as coisas nesse mundo que desconhecemos? Talvez eu nem exista de todo. Não me posso é perdoar por ter agora ponderado, por um mero segundo, se não seria melhor se eu não existisse.

(08.08.2010)

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