Eu gosto de ter as cortinas fechadas. Gosto da luz filtrada e surreal que passa através delas. E odeio abri-las. Na verdade, é assim que encaro os poemas - como janelas, que não deveriam ser visíveis ao olho do Homem. Gosto de os ler, de saborear as suas palavras e ritmos e rimas, mas odeio ter de os analisar. Odeio quebrá-los, “abrir as cortinas” e ver o que está por detrás das palavras. Perde-se a magia, a beleza, ficando apenas o cru calculismo da mente humana.
(15.07.2010)
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