24/08/10

Monochrome Noir - Day Thirty-Two


Já me foi a escrita como um oceano sem fim, com novas palavras como as ondas, banhando-me incessantemente. Eu seria a fina areia da praia, neste caso. Tinha histórias infinitas para contar e meios para isso. A minha mente era uma fábrica de contos, as minhas mãos uma distribuidora global. Hiperbolicamente falando, claro. Mas sim, eu sabia escrever. Agora, o meu oceano secou, vítima das alterações do ambiente, e tenho que cavar poços para encontrar palavras. Elas estão lá, mas estão escondidas, e eu nem sempre sei o que fazer para as encontrar.

(23.07.2010)

1 comentário:

  1. bem, isto eu sei como é, já escrevi mais e melhor do que agora mas acho (espero) que seja só uma fase.

    ResponderEliminar