06/09/10

Monochrome Noir - Day Fifty-Two


Um dia hás-de passear pela floresta com os teus descendentes. Eu não tenho o poder de ver o futuro, não te posso dizer de quem mais será essa horda de crianças. Porém, dou-me ao pequeno prazer de imaginar que, numa pequena excursão à floresta, uma delas se arranha nas silvas e que da ferida aberta verte sangue. Tentando que não desate num berreiro – agora vejo que, nesse “sonhos”, as crianças não são minhas, pois, se fossem, não chorariam com um arranhãozito -, limpas-lhe o sangue com os dedos, murmurando um «Não foi nada». E depois vês as amoras que nascem nas silvas, e lembras-te de mim.

(12.08.2010)

Sem comentários:

Enviar um comentário